30 de janeiro de 2017
Panorama - Todo Mundo Ama Renovar

Ambulantes necessitam de alvará

Medianeira conta com 304 autônomos na cidade credenciados com alvarás entre médicos, dentistas, vendedores de cachorros quentes, entre outros. Destes, apenas 11 são de vendedores ambulantes (cachorro-quente e churros).
Ambulantes necessitam de alvará

Ambulantes necessitam de alvará

Medianeira conta com 304 autônomos na cidade credenciados com alvarás entre médicos, dentistas, vendedores de cachorros quentes, entre outros. Destes, apenas 11 são de vendedores ambulantes (cachorro-quente e churros). Para retirar o alvará, de acordo com o secretário de Finanças de Medianeira, Carlos Alberto Caovilla, a pessoa precisa se dirigir ao Setor de Tributação e fazer um requerimento solicitando inicialmente o local e tendo a autorização é encaminhado a Vigilância Sanitária que reenvia o processo as secretarias cabíveis.


O alvará de vendedores ambulantes é de apenas 1 ano, mas é provisório e por isso pode ser cancelado a qualquer momento. “A licença não é automaticamente renovável como de empresas, pois caso haja necessidade os próprios setores de tributação podem cancelar no caso de denúncias de desacordo com a lei”, afirmou Caovilla.


Caovilla explicou que a praça é um dos locais que a administração está cuidando para liberar os alvarás, para evitar que todo o espaço seja ocupado por vendedores ambulantes, assim como na própria avenida. “Procuramos a possibilidade para que a pessoa se instale desde que seja primeiramente autorizada pelo proprietário, comerciante”, salientou Caovilla.


Para uma melhor fiscalização, a Prefeitura conta com um setor especializado que busca ambulantes que não tem registro para que sejam feitas as notificações. “Fazemos uma notificação, e caso a pessoa não regularize, tomamos as providências cabíveis”, destacou Caovilla. Entre as providências está o auto de infração, que enquadra o ambulante de acordo com o código de postura do município - que delimita as instalações e as áreas – que também podem ser realizadas no Setor de Protocolo da Prefeitura.


Caovilla lembrou também que deve ser recolhida em alguns casos a taxa de vigilância do Corpo de Bombeiros, principalmente para os ambulantes instalados em áreas cobertas e que necessita de um extintor, para a segurança das pessoas que transitam no local.


Vigilância Sanitária


O chefe da secretaria de Saúde e da Vigilância Sanitária de Medianeira, Alan Rogio do Nascimento, mencionou que quando o ambulante solicita na Prefeitura o alvará, o pedido é encaminhado ao setor que fará a vistoria e passará diversas recomendações de higiene, como a utilização freqüente de luvas, máscaras, guarda-pós, touca, prendedor de cabelos e a lavagem das mãos.


“Nosso maior problema são os ambulantes clandestinos que não dão entrada no alvará, e não recebem as orientações, e quando a Vigilância fica sabendo da existência ou eles mudam de lugar ou fecham”, frizou Nascimento.


As fiscalizações são realizadas a cada 30 dias, e caso as pessoas não obedeçam as normas, são orientadas e tem o prazo de até 10 dias para se adequar, e se for algo como alimento clandestino o local é interditado.


Ambulantes


Rosangela Anderson vende churros, crepes e pão de queijo no palito. A ambulante trabalha legalmente e iniciou seu trabalho, indo à Prefeitura, tirando a licença e hoje recebe freqüentemente visitas da Vigilância Sanitária. “Isso é bom, porque é preciso ter higiene e utilizo tudo o que os profissionais recomendam, principalmente o controle de gordura, para saber a saturação”, revelou Rosangela.


O ambulante Antônio Carlos, que trabalha há 6 anos e meio, destacou que a oportunidade de emprego na cidade é pequena, principalmente para pessoas como ele que não tem curso profissionalizante ou superior, e só resta buscar novos recursos.


“Trabalho com minha esposa, e tenho familiares que me ajudam. Essa é minha única fonte de renda, onde sustento minha família”, declarou Carlos. Sua visão para o futuro é que possa trazer uma recompensa a não ser este trabalho, que é um trabalho igual aos outros, digno, não é para ficar rico e sim para sobreviver o mínimo necessário. “No passado a própria economia do município era melhor, hoje caiu em torno de 30% acho que isso afeta todos os ramos, o meu não deixa de ser diferente”. Sobre as orientações da Vigilância, Antônio diz que viu desde o começo que eu precisava usar luvas, máscaras isso, mesmo antes da Vigilância.


Celso Luiz da Silva, conhecido como o Alemão, trabalha há 10 anos como ambulante, e destacou que sempre esteve em dia com o alvará. “Antes mesmo de montar seu próprio negócio fui a Prefeitura e legalizou sua situação. E como já trabalhava com lanches, utilizei tudo o que é exigido”, garantiu Alemão. Roseli de Assis, que trabalha nas ruas a 1 ano e 4 meses sustenta a família sozinha. “Comecei ajudando meu irmão que trabalhou oito anos com isso e hoje eu que sou responsável”, finalizou Roseli.


Fonte: S/ Fonte

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