Gravatas e laços viraram marca registrada dos pet shops. O animal toma banho e o enfeite vem de brinde. De olho neste mercado, a estudante de medicina veterinária Beatriz Caroline Noro (25), decidiu investir no setor. Além de conquistar um novo empreendimento trabalhando em casa, em pouco tempo ela também já obteve a tão sonhada independência financeira.

 

“Comecei sozinha,sem capital para investir, mas aos poucos ganhei meu espaço”, conta Beatriz. Ela já trabalhou oito anos em pet shops, uma experiência valiosa para que pudesse conhecer melhor o mercado, com as respectivas demandas e carências.

 

A necessidade de seguir "carreira solo" chegou junto com a faculdade. “O curso de medicina veterinária em período letivo me fazia faltar muito, ainda mais por causa das visitas técnicas. É aquele velho conflito em que o curso acaba interferindo no trabalho. Não queria abrir mão de minha independência financeira, mas também não queria nada de bandeja, foi aí que percebi que estava na hora de arranjar uma outra fonte de renda” revela.

 

Unindo a paixão pelos animais ao artesanato, Beatriz começou fabricando laços manualmente em casa. O sucesso e a demanda nas vendas foram percebidos logo nos primeiros três meses. “Juntei minhas economias e decidi arriscar comprando um pirogravo para cortar as fitas e uma máquina para fazer laços” contou a empreendedora.

 

Para quem deseja começar a fabricar em pequena escala, a confecção de laços e gravatas a mão é uma boa opção, já para aqueles que pretendem produzir quantidades maiores vale a pena investir em alguns equipamentos. A máquina de fazer laços é a mais econômica, custa R$ 950. Ela faz de 2.500 a 3.000 laços por dia. Além dela, há outras máquinas que fazem desde o corte da fita até a colagem dos acessórios.

 

No caso de Beatriz, com a aquisição dos equipamentos, o apartamento ficou pequeno para comportar a produção de mais de 20 mil laços por mês. Hoje, ela conta com três costureiras, de uma única família do bairro Cidade Nova em Foz do Iguaçu, que fazem o corte e montam os laços na máquina. Cada funcionária fatura, por produção, pelo menos R$ 1.000 por mês trabalhando em casa. “Foi uma oportunidade e tanto. Hoje, graças aos laços, conseguimos pagar nossas despesas garantindo um futuro melhor", conta a costureira Lorena Oliveira.

 

 

 

Vendas

Os produtos são vendidos em aproximadamente 10 lojas pet de Foz do Iguaçu e algumas cidades da região também compram. Cada laço custa R$ 0,50 a R$ 0,90, conforme o modelo e o produto faz o maior sucesso! A empresária Nil Sena conta que todo mês compra pelo menos 2,5 mil acessórios de Beatriz. Os lacinhos e gravatinhas vão de brinde e viraram item obrigatório no banho. “Os clientes adoram. Se tem alguma comemoração, alguma coisa, a gente coloca mais laços. Geralmente é de brinde no banho. A não ser que a pessoa queira por fora do banho, aí a gente vende a unidade”.

 

 

 

Lucros

Com os lucros do negócio próprio Beatriz paga a faculdade, o financiamento de seu carro e todas as outras despesas. Ela ainda conseguiu mobiliar sua residência e faz questão de poupar para investir no futuro. “Por enquanto continuo trabalhando em casa mas, pretendo, daqui há uns dois anos abrir minha própria loja. Sempre pensei que empreender fosse um bicho de sete cabeças, mas com uma boa ideia, muita força de vontade e dedicação tudo é possível!”.

 

 

 

Repórter: Francielli Zandoná