
Porto Seco de Foz do Iguaçu supera marca histórica de liberação de cargas
O principal responsável pelo incremento de todo esse fluxo de cargas foi a operação de importação, mais destacadamente, a de commodities agrícolas produzidas pelo Paraguai, operação que quase dobrou de tamanho quando comparada à movimentação de cargas vislumbrada em 2015.
Dentro dessa operação os gêneros mais importados foram o milho (aumento de 2617% em relação a 2015), seguido do trigo (62%), arroz (37%) e soja (3%). Todas essas operações foram alavancadas pelos valores atrativos no mercado brasileiro, pois o país enfrentou dificuldades em algumas das safras citadas e teve que se socorrer do mercado externo.
Pelo lado da exportação verificou-se redução de aproximadamente 9% na movimentação de cargas, finalizando 2016 com 64.467 cargas, em contrapartida a 2015, quando 69.670 caminhões carregavam cargas de exportação.
Os principais gêneros exportados em 2016, por ordem de valor, foram: máquinas, plásticos e suas obras, adubos, veículos e tabaco.
Partindo-se do ponto de vista comercial, o fluxo total de comércio estabelecido via recinto foi de 5,18 bilhões de dólares. Dessas divisas, US$ 2,63 bilhões foram oriundas de exportação e US$ 2,55 bilhões de importação. Consequentemente, a balança comercial da estação ficou positiva em 80 milhões de dólares em 2016.
Tal superavit foi muito inferior ao atingido em 2015, ano no qual a balança do recinto ficou positiva em US$ 837 milhões. Em termos de saldo, o resultado de 2015 havia sido tão superior, pois naquele ano a restrição cambial foi responsável por forte decréscimo no volume das importações, ao mesmo tempo que incentivava a exportação, situação que foi amenizada ao longo de 2016.
Os quadros da sequência apresentam os pesos e valores totais das cargas de importação e de exportação que ingressaram no Porto Seco de Foz do Iguaçu nos anos de 2015 e 2016, com o detalhamento do país de procedência/destino, bem como a evolução percentual dos respectivos valores.
Cargas de EXPORTAÇÃO que ingressaram no Porto Seco de Foz do Iguaçu |
|||||
País de Destino |
Ano de 2015 |
Ano de 2016 |
|||
Peso (milhões de Ton) |
Valor ( milhões de US$) |
Peso (milhões de Ton) |
Valor ( milhões de US$) |
Evolução % Valor |
|
Argentina |
189,3 |
361,7 |
180,4 |
251,5 |
-30,5 % |
Paraguai |
1.223,7 |
2.478,0 |
1.187,8 |
2.381,3 |
-3,9 % |
Total |
1.413,0 |
2.839,7 |
1.368,2 |
2.632,8 |
-7,3 % |
Cargas de IMPORTAÇÃO que ingressaram no Porto Seco de Foz do Iguaçu |
|||||
País de Origem |
Ano de 2015 |
Ano de 2016 |
|||
Peso (milhões de Ton) |
Valor ( milhões de US$) |
Peso (milhões de Ton) |
Valor ( milhões de US$) |
Evolução % Valor |
|
Argentina |
781,2 |
746,5 |
896,7 |
885,1 |
+18,5% |
Chile |
127,6 |
436,9 |
129,2 |
452,0 |
+3,5% |
Paraguai |
1.174,2 |
819,3 |
2.387,6 |
1.214,6 |
+48,2% |
Total |
2.083,0 |
2.002,8 |
3.413,5 |
2.551,7 |
+27,4% |
Com esse resultado, pelo quinto ano consecutivo, o Porto Seco de Foz do Iguaçu foi o maior da América Latina no quesito movimentação de cargas. Tais resultados devem-se aos sucessivos crescimentos de PIB do país vizinho. No ano de 2016, apenas o fluxo envolvendo Brasil e Paraguai respondeu por 74% de toda a operação da estação.
Fonte: Receita Federal - Foz do Iguaçu
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