
Tendência em alta “pra cachorro”
Lana chama a atenção pelo modelito fashion que usa. Um vestido de soft pink, com as letras A B e C serigrafadas parecem até, um uniforme de jardim de infância. “Cuido dela como se fosse uma criança. No inverno ela sente muito frio. Dorme comigo na cama, embaixo das cobertas”, diz Andresa Damas, a dona da cachorra pincher prestes a completar nove meses.
De acordo com a médica veterinária de Medianeira, Marcele Lamin, os animais também sentem frio, sofrem com temperaturas intensas. “Da mesma forma que uma pessoa pode morrer de frio, um animal também pode, de qualquer espécie”, explica.
Os cães de pêlo curto, como a raça pincher, são os que chegam mais próximos do homem na sensação de frio. “Eles têm um controle de temperatura diferente dos humanos, têm muito menos glândulas sudoríparas, suam menos, não tem controle de temperatura como a gente”. E, segundo Marcele, tal controle é bem melhor desenvolvido, “são mais imunes ao frio, mais resistentes”.
Nem por isso, os cães podem ficar desprotegidos, ressalta. Há que se ter um cuidado. Existem certas viroses comuns no inverno, que podem ataca-los, como o vírus da tosse dos caninos. É similar à gripe dos seres humanos, que pode originar também de uma friagem ou de uma chuva ocasional. “O animal fica debilitado, deixa de comer”, diz a médica.
Existem raças mais e menos adaptadas ao frio. No caso dos caninos, husky siberiano e são bernardo, são raças que têm pelagem formada para agüentar baixas temperaturas, já os cães com pêlo curto, como o pincher, poodle ou fox paulistinha, são naturalmente adaptados à temperaturas mais quentes. Em Medianeira, as raças mais comuns de cães merecem um cuidado especial com a proximidade do inverno, destaca o médico veterinário e proprietário de uma Pet Shop, Alan Rogiu do Nascimento. “Pincher e Poodle sofrem bastante com o frio, e as roupas ajudam os animais a se sentirem mais confortáveis”.
Hoje, o mercado “PET” -de pequenos animais -tem inúmeros recursos. Desde os cães de grande porte até os pequeninos estão bem servidos. Tem caminha, colchonetes, cobertores e roupas. As vendas nas lojas especializadas confirmam o mercado em expansão. “Há um aumento de 100% nas vendas. Existem modelos de verão, mas as indústrias de roupas fabricam muito mais roupas para o inverno. Vendem o dobro da linha de verão”, diz Alan.
De uns tempos para cá –10,15 anos –o mercado soma-se à tendência da “humanização dos animais domésticos”, diz a médica veterinária. “Foi feito roupinha, sapato, boné. Alguns aceitam numa boa, mas não é da natureza deles”, completa.
Por isso, tomar alguns cuidados básicos pode evitar problemas de higiene e saúde para os cães, afirmam os especialistas. Roupas devem ser colocadas mais à noite, para dormir. Evitar exposição ao sereno e não deixar o animal 100% do tempo com a roupa, o que pode causar embolamento do pêlo, ou alergias também são medidas recomendadas.
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Curiosidades do mundo cão
Segundo a médica veterinária, conforme ocorrem as quedas de pêlo, que acontecem pelo menos duas vezes por ano, os animais se adaptam à temperatura. Quando o verão se aproxima, o pêlo é mais fino e mais baixo, e no inverno torna-se mais longo e mais grosso. Existem raças que exigem tosa, mesmo no inverno, mas é recomendado que se deixe o pêlo mais alto o possível. Na verdade, existe uma seleção natural, o animal vai se adaptando com o ambiente dele. A queda de pêlo de um husky no verão, em uma cidade com clima mais quente, é maior, e o pêlo que nasce, nasce mais curto. Se você comparar um husky que vive no Alaska e um que vive aqui no Brasil, que é um país tropical, a qualidade da pelagem é diferente.
Heloísa Costa Pereira
Da Redação
Fonte: S/ Fonte
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