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06 de August de 2017
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“Um assentamento que deu certo”

“Um assentamento que deu certo”

UDC

“A gente morava num barraco de lona, bem encostadinho do Rio Alegria. Não tinha esgoto, não tinha nada”, lembrou a agricultora Maria Zulmira Neres, 59, da época em que ela e a família não tinham casa e estavam instalados num local às margens do Rio Alegria.


A Vila Rural Frutos da Terra, próxima ao aeroporto de Medianeira, tem uma área de 29 hectares, cujo loteamento resultou em 29 moradias. O número de associados é limitado à quantidade de unidades habitacionais da vila. Os moradores vivem basicamente de trabalhos diários por prestação de serviços na cidade ou na agricultura familiar.


De acordo com a Secretaria de Política Habitacional do Paraná, o já extinto programa de habitação rural “Vilas Rurais” tinha o objetivo de evitar o êxodo rural e o conseqüente crescimento desordenado das cidades. 75% dos recursos o governo do estado disponibilizou na forma de empréstimos. Os moradores terão 25 anos para quitar o financiamento. Hoje, o valor da parcela está em R$ 22,90 ao mês. O pagamento é feito através de boleto bancário. As prefeituras ficaram responsáveis pela doação dos outros 25%. Uma parte do valor foi utilizada para a compra da área e outra para o saneamento.


“Inicialmente, a prefeitura estava sendo pressionada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para que retirasse aquelas famílias das margens do Rio Alegria, explicou o funcionário da Emater, Egídio Gotardo. “Foi uma espécie de assentamento que deu certo. Nem todos que passaram por lá se adaptaram, mas quem está lá até hoje valorizou a oportunidade e melhorou as condições de vida”.




“Com o apoio do sindicato, a gente está plantando legumes orgânicos, e isso vai ajudar a vila a ter mais renda”


A Associação tem diretoria, eleita a cada dois anos. O atual presidente, Valmor Spengler, diz existir alguns problemas na comunidade, como a necessidade de construção de outro poço artesiano e a falta de dinheiro em caixa. Apesar disso, afirma estarem recebendo apoio em outros projetos. “O sindicato está nos ajudando a plantar legumes orgânicos e vender nas escolas”.  


Das 29 famílias instaladas na vila, 14 são as que chegaram quando foi inaugurada, em julho de 1998, e vivem lá até hoje. A família de Maria Neres é uma delas. A agricultora, além de cuidar da horta e plantar os alimentos para a família, consegue uma renda extra vendendo o que produz de casa em casa na cidade. “Tem gente que não aproveitou o lote e a casa que a gente tem aqui. Planto mandioca, verdura, milho e vendo tudo. Às vezes chego a ganhar R$ 40,00 por semana”.


Fonte: S/ Fonte

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