
Empresas exportadoras sofrem impacto do fechamento de mercados
As empresas exportadoras brasileiras de carne que não estão sob investigação já sofrem prejuízos.
Com tanta incerteza é impossível manter qualquer logística. “Se não resolver muito rápido, não vamos ter onde armazenar tanto produto”, destaca Irineu da Costa Rodrigues, presidente da cooperativa.
Metade de toda a produção de frango da cooperativa LAR em Matelândia, no interior do Paraná, vai para exportação. A cooperativa, que não está sendo investigada pela Operação Carne Fraca, está com 38 contêineres parados no porto de Paranaguá. Outros 119 estão no mar e 25 parados na China. Isso dá cinco mil toneladas de frango, que equivalem a mais de US$ 10 milhões.
“Como esse produto não vai seguir o escoamento normal, nós estamos precisando e estamos fazendo uma operação de logística, achando locais para armazenar. Isso eleva nossos custos”, explicou Irineu.
E esse é apenas um exemplo dos prejuízos que o compasso de espera pelo fim da crise começa a gerar.
“São 23 milhões de aves por dia abatidas no Brasil; sete milhões delas se destinam ao mercado externo, um terço do mercado externo. Então, transforme isso na carga que vai. Às vezes temos no mar mil, 1.500 contêineres. Nós chegamos a ter, exportamos por ano, 210 mil contêineres de carne de frango”, comenta Francisco Turra, presidente da Associação de Proteína Animal.
O que preocupa os grandes atinge também os pequenos. O Brasil tem 210 mil famílias que criam frangos para as empresas e, das granjas aos portos, o clima é de muitas dúvidas.
O tempo é um luxo que essa grande cadeia de produção não tem a perder. Animais como frangos, porcos e bois têm prazo certo para criação, abate, processamento e congelamento das carnes. Como a capacidade de estocar tem limites, se o fluxo de exportações diminui, a produção e os preços podem ser afetados também.
“Se lá o importador paga uma análise, alguma coisa adicional, a cobrança é feita para o exportador. No caso, uma empresa brasileira”, afirma Turra.
“Num raciocínio bem simples, se nós ficamos parado um mês desse embargo, nós temos um prejuízo da ordem de aproximadamente U$S 270 milhões mensais. O próximo passo é cancelar abater, é mexer nas escalas de abate dos frigoríficos por uma necessidade”, explica Antonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira de Exportação de Carne.
Os representantes do setor estão levantando a situação de cada uma das empresas para saber exatamente a quantidade de carga no mar e parada nos portos do Brasil e dos países compradores. Eles acreditam que para resolver mais rapidamente a crise será preciso ir conversar pessoalmente e junto com o governo brasileiro.
“A sugestão nossa seria o início pela Ásia, indo para a China e para Hong Kong e depois países que são próximo, Egito, Argélia, nessa sequência”, comenta Antonio Jorge Camardelli.
Com tanta incerteza é impossível manter qualquer logística. “Se não resolver muito rápido, não vamos ter onde armazenar tanto produto”, destaca Irineu da Costa Rodrigues, presidente da cooperativa.
Metade de toda a produção de frango da cooperativa LAR em Matelândia, no interior do Paraná, vai para exportação. A cooperativa, que não está sendo investigada pela Operação Carne Fraca, está com 38 contêineres parados no porto de Paranaguá. Outros 119 estão no mar e 25 parados na China. Isso dá cinco mil toneladas de frango, que equivalem a mais de US$ 10 milhões.
“Como esse produto não vai seguir o escoamento normal, nós estamos precisando e estamos fazendo uma operação de logística, achando locais para armazenar. Isso eleva nossos custos”, explicou Irineu.
E esse é apenas um exemplo dos prejuízos que o compasso de espera pelo fim da crise começa a gerar.
“São 23 milhões de aves por dia abatidas no Brasil; sete milhões delas se destinam ao mercado externo, um terço do mercado externo. Então, transforme isso na carga que vai. Às vezes temos no mar mil, 1.500 contêineres. Nós chegamos a ter, exportamos por ano, 210 mil contêineres de carne de frango”, comenta Francisco Turra, presidente da Associação de Proteína Animal.
O que preocupa os grandes atinge também os pequenos. O Brasil tem 210 mil famílias que criam frangos para as empresas e, das granjas aos portos, o clima é de muitas dúvidas.
O tempo é um luxo que essa grande cadeia de produção não tem a perder. Animais como frangos, porcos e bois têm prazo certo para criação, abate, processamento e congelamento das carnes. Como a capacidade de estocar tem limites, se o fluxo de exportações diminui, a produção e os preços podem ser afetados também.
“Se lá o importador paga uma análise, alguma coisa adicional, a cobrança é feita para o exportador. No caso, uma empresa brasileira”, afirma Turra.
“Num raciocínio bem simples, se nós ficamos parado um mês desse embargo, nós temos um prejuízo da ordem de aproximadamente U$S 270 milhões mensais. O próximo passo é cancelar abater, é mexer nas escalas de abate dos frigoríficos por uma necessidade”, explica Antonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira de Exportação de Carne.
Os representantes do setor estão levantando a situação de cada uma das empresas para saber exatamente a quantidade de carga no mar e parada nos portos do Brasil e dos países compradores. Eles acreditam que para resolver mais rapidamente a crise será preciso ir conversar pessoalmente e junto com o governo brasileiro.
“A sugestão nossa seria o início pela Ásia, indo para a China e para Hong Kong e depois países que são próximo, Egito, Argélia, nessa sequência”, comenta Antonio Jorge Camardelli.
Fonte: G1 - Globo
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