Não é difícil ouvir comentários dizendo que algumas pessoas já não conseguem viver sem internet. Essa tecnologia que foi responsável pela globalização do planeta tornou-se um vício entre muitos dos que têm acesso à rede. A agilidade da comunicação, o acesso rápido a notícias de qualquer lugar do mundo e a facilidade das compras on-line são alguns dos principais atrativos do constante uso da rede.
Há cerca de dez anos, ter um computador em casa era um símbolo de status. Poucos tinham condições para possuir um e ele não apresentava tanta serventia em residências. Quando a internet chegou ao Brasil, por volta de 1995, era utilizada a chamada ‘internet discada’. Um sistema que precisa linha telefônica e provedor de autenticação bem como placa de fax-modem instalados no computador. Por causa das tarifas telefônicas, das 24 hras às 6 horas era cobrado apenas um pulso. Pelo grande número de pessoas que aproveitavam esse período para conectar, era freqüente o congestionamento na rede. A conta da internet vinha junto com a do telefone e o consumidor não tinha controle sobre o gasto. A qualidade da conexão era precária e os preços altos. Na época, 80% da utilidade da internet era para o uso em empresas e envio de dados para o exterior.
O desenvolvimento dos sistemas de rede e a criação de diferentes formas de conexão banda larga facilitaram o acesso à internet e incentivaram a compra de computadores. A ADSL barateou o preço da conexão e aumentou a qualidade. A internet via rádio permitiu que residências longe de grandes centros tivessem acesso à rede. A ampla maioria dos acessos passou a ser feita de dia.
A principal vantagem da banda larga é a possibilidade de ficar conectado 24 horas com um custo fixo mensal. “Para quem procura velocidade a melhor é a Adsl, porém ela tem um custo maior. A via rádio tem um ótimo custo-beneficio e atinge lugares mais distantes e não necessita de linha telefônica”, explica o técnico Maiko Rodrigo Britzke, do Portal Medianeira.
A rede está ficando cada vez mais popular, mas ainda há um grande número de pessoas que não tem condições financeiras para possuir um computador. O governo federal freqüentemente lança programas de inclusão digital para as classes menos favorecidas, como o programa Computador para Todos, que diminuiu a taxa de impostos para que a classe C possa comprar computadores. Com renda entre três e cinco salários mínimos, hoje corresponde a metade da população brasileira. A classe D e E, não fica de fora. Não tendo condições de possuir um computador próprio, acessam a rede em estabelecimentos como lan houses, que disponibilizam computadores a baixo custo.
Conexão
Segundo Maiko, do Portal Medianeira, de cada cinco conexões instaladas pela empresa, quatro optam pelo via rádio e uma pela ADSL. Já o serviço de acesso discado deixou de ser oferecido pela empresa.
Na cidade, o site de relacionamento Orkut é disparada a página mais acessada na rede. Em segundo o vem o site de pesquisa Google, seguido do Youtube (vídeos).
Net discada
Há dois anos o provedor Arnet tinha 94 linhas telefônicas para o acesso discado na cidade. Hoje tem 45 e dessas, no máximo cinco utilizam o serviço simultaneamente. Em 2006, a empresa tinha 4 Mega bites de link. Hoje, 1 mega é mais do que suficiente. A opção pela banda larga ADSL fez o internauta migrar da discada para esse tipo de conexão.
Ter assinatura com provedores de banda larga de outras cidades, como BR Turbo, IG, e Uol, inicialmente tem um preço mais acessível, porém causam prejuízos ao próprio cliente, pois a assistência desses provedores é só por telefone e sempre que aparecem problemas, é precisa chamar os serviços dos provedores da cidade. Optando-se por um provedor do município, sabe-se que o dinheiro irá circular no comércio local, gerando empregos diretos (nos provedores) e inderetos.
Em 2006, na região sul, o modem tradicional de acesso discado via telefone detinha 57,27% das conexões para acesso à internet em domicílios e 45,03% das conexões de banda larga. Em 2007, caíram para 34% as de acesso discado, e de banda larga foram para 58%.
Segundo pesquisa do Ibope, os jovens entre dez e 18 anos representam 33% dos usuários da rede. A pesquisa também aponta que 7% dos usuários tem apenas o nível primário completo (até 4º série).
Fonte: S/ Fonte